terça-feira, 10 de setembro de 2013

Os estudos de Maurice Berger, França

Coluna Infância e Paz
Cultura de Paz e combate à violência

“Um país que deixa seus bebês angustiados e não cuida de suas crianças não pode reclamar de adolescentes e adultos violentos.”
Prof. Maurice Berger da França, no Seminário internacional de Combate á Violência, Senado Federal, Brasília, 2012.

Por Giulieny Matos, de Brasília
Autora do livro "A Menina Derretida"
giulienymatos.blogspot.com

Todos sabemos que violência tem várias origens. Uma delas já definitivamente comprovada, passa pela formação e proteção da criança até 6 anos de idade, que trará em si elementos norteadores para toda sua vida. 

Segundo o Professor Maurício Berger, estudioso do comportamento violento há mais de 30 anos, “é surpreendente constatar que as crianças mais violentas... são aquelas expostas a cenas de violências conjugais ou negligenciadas. As crianças submetidas a uma situação de stress constante em virtude de violência conjugal são perturbadas por imagens violentas do passado que elas introjetaram em uma época que não tinham capacidade para entender o que estava acontecendo. Essas imagens (de visão da violência doméstica sofrida até mesmo quando o bebê possuía 2 meses de vida), podem ressurgir a qualquer momento, durante uma frustração, ou por exemplo em uma situação que lhe seja exigido um grau mínimo de educação, em um pequeno empurrão ou simplesmente quando são olhados", nos relata Berger.

Essas pessoas não diferenciam entre o presente e o passado e começam a atacar sem piedade e sem poder parar. (“Ele me encarou com um olhar estranho, então eu bati nele”). De um modo bem resumido, podemos dizer que o cortisol derramado no organismo provoca um mau desenvolvimento das células cerebrais, prejudicando esta área cerebral responsável por regular as emoções, em particular a agressividade. 



"Já a negligência é uma forma de maus tratos desapercebida. Não é o que você faz para uma criança, mas sim o que você não faz a ela, especialmente quando você não a olha, não lhe dá carinho, não a carrega, não lhe sorri e não brinca com ela. Uma mãe (pai) pode ser muito nervosa, grita muito, até perversa ou muito imprevisível e não cuida do seu filho. O mundo torna-se então incompreensível para ela. A origem do fracasso escolar se situa muitas vezes antes dos três anos de idade. A criança, não tendo à disposição nenhum adulto capaz de se identificar com o que elas sente, entra em um isolamento total, com sentimentos de angústia e de terror diante do vazio dos relacionamentos que ela vive, do abandono e da violência." 

COMO COMBATER ISSO? Carregue seu filho no colo, olhe-o nos olhos, cante, dance, brinque. Aceite o desafio de brincar 5 minutos todos os dias com ele, independentemente da idade. Brincar traz equilíbrio mental, psicológico e saúde. Como sociedade organizada, fica a reflexão: Como podemos colaborar para a quebra do ciclo negativo da violência?

Saiba mais: Adquira o livro Infância e Paz, Intervenções Oportunas, Senado Federal, 2012.

CLIQUE NO LINK ABAIXO
Por que algumas pessoas amam e outras odeiam?

prevenção precoce da violência, importância do brincar, negligência, violência doméstica

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo carinho e pela participação. Abraços derretidos pra você... Giulieny Matos